Hoje estreia a sessão de colunas da DDR-Uberlândia. O objetivo é criar um forma de comunicação maior entre os membros da DDR, uma via de mão dupla para expressarmos nossas ideias sobre o Tricolor Soberano mais querido do Mundo.
Mas, infelizmente, o primeiro post vem para tratar de um assunto delicado. O técnico Ricardo Gomes chegou ao Sampa em meados de Julho de 2009, após uma crise poucas vezes vista no clube, acarretada de uma eliminação vexatória na Libertadores e a saída de um dos maiores vencedores (e mais contestados) técnicos do São Paulo nos últimos anos, Muricy Ramalho. RG chegou sob desconfiança e demorou a engrenar, mas conseguiu tirar o time da incômoda 16ª posição na tabela e brigar pelo título. Ficamos em 3º lugar no final do Brasileirão-09, mas o balanço do trabalho do treinador acabou sendo positivo.
Mesmo assim, R.Gomes não gozava de apoio da maior parte da torcida em 2010. O São Paulo começou o ano muito mal, perdendo todos os clássicos, e indo aos trancos e barrancos na Libertadores. Nas vésperas das oitavas de final, contra o Universitário-Peru, a diretoria jantou com Sérgio Soares, técnico do vice campeão paulista Santo André. Como o Tricolor passou (no sufoco) dos peruanos, RG ganhou um tempo extra. E sua maior carta na manga veio nas quartas, contra o Cruzeiro. Após um primeiro jogo brilhante, no Mineirão, e vitória por 2x0, o comandante ganhou força para continuar no cargo. Passamos pelo time de BH, e vinhamos bem no Brasileirão. Até a parada para a Copa do Mundo.
Agora, o que está sendo visto é um time apático, acomodado, sem raça, padrão tático e perdido. Sem dúvida, falta um comando, um pulso mais um forte no nosso banco de reservas. RG conseguiu estragar o que estava dando certo. Richarlyson é zagueiro ou volante? Cléber Santana é volante ou meia atacante? Porque Jorge Wagner e Marcelinho Paraíba, dois dos jogadores mais técnicos do time sequer ficam no banco em algumas partidas? São algumas perguntas feitas pelos torcedores.
Ricardo está por um fio no cargo, após o ridículo empate contra o Grêmio Prudente, por 1x1 no Morumbi ontem. Após o jogo, a cúpula são paulina se reuniu na sala do presidente Juvenal Juvêncio no Morumbi para discutir a situação do treinador. Vários nomes foram cogitados. Vanderlei Lixemburgo agrada a alguns, mas não à JJ. Adílson Batista seria o nome mais forte, mas já está apalavrado com o Corinthians. Leonardo e Silas também estão cotados, mas pega contra eles a falta de experiência. Até Dunga pode chegar no Morumbi. Juvenal quer alguém de pulso, que possa chegar e dar um choque de realidade nos jogadores.
Enfim, enquanto nada se define, fica em minha cabeça uma música de Gabriel, O Pensador que traduz perfeitamente o momento do SPFC: "Até quando você vai levando porrada/ Até quando vai ser saco de pancadas/ Até quando vai ficar sem fazer nada?".
Essa coluna é assinada por Vinícius Ramos, que não fala em nome da DDR-Uberlândia. É de responsabilidade apenas de seu autor.
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