Crianças, Esperança!

Saudações, Dragões!

Na última quarta-feira, o Soberano começou sua disputa por uma vaga na final da Libertadores-10. O time que entrou em campo apresentou uma postura bem diferente da mostrada nos últimos jogos pelo Brasileirão. Não faltaram raça e força de vontade. Mas faltou coragem. Coragem para vencer. Para marcar o importantíssimo gol fora de casa.

Na 1ª etapa, o time jogou em duas linhas de quatro e dois homens “à frente”. Na verdade, todos se posicionavam atrás da linha da bola, se preocupando apenas em defender. Concordo plenamente com a ideia de se defender e jogar no erro do adversário, quando a partida é fora de casa. Mas tem que contra-atacar também. Tem que abrir espaços na defesa rival para tentar marcar. E nós não fizemos isso.

No 2º tempo até tentamos ir mais à frente, mas os jogadores do ataque estavam jogando na base da vontade, e não da organização. Dagoberto parecia displicente, Fernandão nem entrou no jogo, Marlos ficava perdido sozinho em meio de 3 defensores rivais e Hernanes, bom, esse é um caso à parte. Desde o fim de 2008 que o “Profeta” não consegue ser o craque que esperamos. Alterna bons e maus jogos, sendo que os bons só são ditos assim porque ele joga mal e, em um lance isolado, faz uma jogada que define a partida. E é essa a imagem que levamos depois que o jogo acaba. Ontem deveria ser o dia dele. Sentimos muito a falta de alguém que ditasse o ritmo do jogo, que pegasse a bola e organizasse a equipe, que fosse o maestro que nosso camisa 10 não é mais já fazem 2 anos.

Mas, enfim, por pior que fosse, o jogo de ontem não pode nos tirar a esperança. O MITO Rogério Ceni foi disparado o melhor são-paulino em campo, se não fosse por suas grandes defesas o placar seria elástico. Mas a vontade de ontem, o Morumbi lotado (DDR-Udi estará lá!) pressionando o adversário, o poder do MITO R.Ceni e a magia da Libertadores combinada perfeitamente com nosso manto sagrado podem nos valer uma vaga à final. Faltam muitas coisas, é verdade, mas acredito na gente! Não podemos depender, mais uma vez, dos lançamentos de Richarlyson para armar a equipe, nem de Cléber Santana entrar para resolver o jogo. Aliás, estou esperando C.Santana fazer valer o esforço de sua contratação e seu salário ganho em dia no SPFC assim como os judeus esperam há mais de 2 mil anos o seu Messias.

Mas, ainda assim, acredito em nós.

Quando pensam que estamos mortos, voltamos mais fortes do que nunca. Taí o Jason que não me deixa mentir. Agora, como o patrocínio em nosso manto nas próximas partidas, é hora de termos esperança, muita esperança, crianças!
Essa coluna é assinada por Vinícius Ramos, que não fala em nome da DDR-Uberlândia. É de responsabilidade apenas de seu autor.